“Contra todos e contra ninguém”. O início de “Música Urbana”, um dos sucessos da margem Capital Inicial, embala os sonhos de um time jovem e pouco sabido no futebol pátrio, mas que tenta aprontar diante do Botafogo nesta quarta-feira, no primeiro jogo pela terceira tempo da Despensa do Brasil. Conterrâneo do grupo de rock, o Capital-DF almeja fazer bonito e surpreender o atual vencedor brasiliano e da Libertadores.
“A gente sabe da dificuldade, do tamanho que é enfrentar o Botafogo. Mas a gente sonha grande sim. Futebol é futebol, né? O futebol é apaixonante por motivo disso. Nem sempre o time mais possante, de maior investimento, ganha. Vamos ver dentro de campo o que vai acontece”, diz Godofredo Gonçalves, 40 anos, presidente do clube e possuidor da SAF.
O Capital foi fundado em 2005 e, posteriormente anos nas divisões inferiores do futebol candango, ganhou força a partir de 2019, quando se firmou na primeira ramificação do Campeonato Brasiliense. Em 2024 e neste ano, foi vice, perdendo o títulos nos pênaltis para Ceilândia e Gama, respectivamente. Aos poucos, o Capital trabalha e investe em ações e projetos sociais para aumentar sua base de torcedores locais.
“Brasília ainda é bastante difícil de fazer futebol. Porquê não há clubes expoentes no cenário pátrio, é muito difícil você conseguir escora. A gente vai buscando soluções alternativas para ir se consolidando e involuntariamente atrair novos torcedores. O time só vai ser possante e perenal a longo prazo com a torcida possante, o que mantém o clube é a torcida. O morador de Brasília quer torcer por um time sítio”, acredita Godofredo.
Depois de enfrentar o Botafogo no Nilton Santos nesta quarta, o Capital vai receber o alvinegro no Mané Garrincha, em 22 de maio. O clube aposta em vivenda enxurro, e faz promoção de ingressos para dois setores de arquibancadas (Sul e Leste). O torcedor do Capital que for ao estádio com a camisa do clube pagará R$ 49. Os alvinegros com a camisa do Botafogo podem comprar o
“Todo jogo pátrio cá tem vivenda enxurro, né? A gente não estima um público subalterno a 40 milénio pessoas”, aposta o presidente do Capital.
Apesar da pouca idade, o Capital já protagoniza um clássico no futebol brasiliense. E um duelo de nome bastante pitoresco, diante de outro clube jovem. Quando Capital e Legião FC jogam, é dia de “Clássico do Rock”. O rival tem seu nome em homenagem à margem Legião Urbana.
“É muito lícito ter o Clássico do Rock, uma homenagem a um estilo músico que conquistou o Brasil. E tem essa representatividade muito lícito no futebol. O futebol é feito disso, de rivalidades sadias”, diz Godofredo, ele mesmo um fã de rock e de, simples, Capital Inicial (apesar de o nome do clube não ser em homenagem à margem, mas sim ao vestuário de Brasília ser a capital federalista).
“Eu paladar muito de Capital, ouvia muito na UNB (Universidade de Brasília), fui aluno e professor lá”.
Fã de músicas do Capital uma vez que “Natasha” e “Paixão em Vão”, ele escolhe “Música Urbana” uma vez que um bom hino para o duelo contra o Botafogo.
“Acho que pode nos embalar. Contra todos e contra ninguém. A gente está contra todos e contra ninguém. Estamos só buscando o nosso espaço, vamos nessa!”.