O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou audiência para ouvir o atacante Bruno Henrique, do Flamengo. O jogador de 34 anos é suspeito de manipulação de resultados em decorrência de um cartão amarelo que recebeu na Série A do Campeonato Brasiliano de 2023, em jogo contra o Santos.
O STJD ouvirá Bruno Henrique e outros nove investigados na próxima segunda-feira (26). O atacante foi indiciado na esfera criminal pela Polícia Federalista. Maxwell Borges de Moura Vieira, vice-presidente do STJD, foi nomeado porquê auditor processante.
O jogador do Flamengo pode ser enquadrado no item 243-A do Código Brasiliano de Justiça Desportiva (CBJD), por “manipular o resultado e prejudicar sua equipe”. A pena pode variar de multa a suspensão por até um ano.
Entenda o caso
Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federalista no dia 14 de abril, por suposta fraude em competição esportiva. Além do jogador, outras dez pessoas são objectivo da PF. No dia seguinte, o Rubro-Preto se pronunciou e disse não ter sido expedido sobre o caso.
Investigadores acharam mensagens comprometedoras no celular de Wander Nunes Pinto Júnior, irmão do jogador. O aparelho foi apreendido pelos agentes. Ao todo, 3.989 conversas foram analisadas no WhatsApp de Bruno Henrique.
O início das investigações
As investigações começaram em agosto de 2024, quando operadores de apostas apresentaram movimentações suspeitas acerca do cartão recebido por Bruno Henrique contra o Santos, em 2023.
Segundo apuração da Itatiaia, três bets (KTO, Betano e Bet da Galera) emitiram alerta de aposta atípica por contas recém criadas minutos antes da partida.
No dia 5 de novembro de 2024, foram cumpridos 12 mandados de procura e mortificação no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, em Vespasiano, em Lagoa Santa e em Ribeirão das Neves. A operação foi chamada de Spot-Fixing, uma frase inglesa que faz referência à manipulação de uma situação específica de um jogo.
O Flamengo decidiu não distanciar o jogador durante as investigações.
Em entrevista ao SporTV posteriormente o título do Flamengo na Despensa do Brasil, dia 10 de novembro do ano pretérito, Bruno Henrique garantiu ser puro e disse estar tranquilo.
“Sim [sou inocente]. Recebi [a operação] de uma forma agressiva. Não esperava da forma que foi, mas eu acredito na justiça lá de cima. Deus é um rosto que sempre sabe. A minha vida, a minha trajetória, desde quando eu comecei a jogar futebol. Deus sempre foi comigo. E, rosto, eu estou tranquilo em relação a isso”, disse o desportista.
Caso Bruno Henrique: relembre a partida Flamengo x Santos em 2023